O ano de 2014 foi de “fortes emoções” para a Bolsa
brasileira, ainda mais levando em conta o rali eleitoral, que acentuou a
volatilidade em meio aos “temores” de que Dilma Rousseff fosse reeleita
presidente da República devido ao histórico de intervenções no mercado.
A presidente foi reeleita – por uma margem estreita de
votos, mas as novas indicações de seu segundo mandato, confirmado no final de
outubro, ajudaram a acalmar o mercado (caso da confirmação de Joaquim Levy na
Fazenda).
Contudo, estas indicações não evitaram que Dilma também fosse “eleita” como a pior presidente para a
Bolsa de Valores na história do país, de acordo com estudo da gestora Mint
Capital levando em conta o desempenho do Ibovespa durante o mandato dos
presidentes.
Levando também em conta o conjunto do cenário internacional
e o fim do boom de commodities, o primeiro mandato da presidente não foi nada
fácil para a Bolsa brasileira. Mas, vale ressaltar que o estudo compilou o
desempenho do Ibovespa desde 1969, quando o governo Emilio Médici assumiu. Isso
porque o benchmark da Bolsa foi constituído em 2 de janeiro de 1968.
A gestora destacou que, em 2013, o mandato da presidente
Dilma já se apresentava como o terceiro pior desempenho da história. Agora, com
o mandato concluído, o desempenho foi confirmado como o pior – em 2014, o
benchmark da bolsa registrou queda de 2,91%.
Vale ressaltar que, se considerado o retorno real total,
Dilma ainda “ganharia” de Ernesto Geisel, que viu um desempenho negativo de
50,7% do Ibovespa no seu mandato entre 1974 e 1979, ante 43,6% negativos de
Dilma. Porém, considerando o CAGR (Compound Annual Growth Rate) real, ou Taxa
Composta Anual de Crescimento real, a atual presidente teve um desempenho
negativo de 13,3%, em empate técnico com Geisel, com desempenho de -13,2%.
Por outro lado, quem teve o melhor desempenho foi Itamar
Franco, com um retorno real de 145,1% do índice entre dezembro de 1992 e
dezembro de 1994, com um CAGR de 56,4%. Ele foi seguido por Lula, com
desempenho de 292,5% em seus oito anos de mandato entre 2003 e 2010, com um
CAGR de 18,6%. Entre outubro de 1969 e 31 de dezembro de 2014, o Ibovespa teve
um retorno de 1.017,8%, ou um CAGR real de 5,5%.
Fonte: Infomoney
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