Os quatro judeus eram franceses e jamais tinham vivido em Israel.
Segurança do cemitério foi reforçada, e a multidão foi a pé aos milhares.
Em Jerusalém, o correspondente Rodrigo Alvarez acompanhou o
enterro dos corpos dos quatro homens assassinados na sexta-feira (9), no
mercado de produtos judaicos em Paris.
Os quatro judeus eram franceses e jamais tinham vivido no
país que recebeu seus corpos com orações, desde a chegada ao aeroporto, ainda
de madrugada. Dos ultraortodoxos, que fizeram uma despedida simbólica nos
arredores de Tel Aviv aos nem tão religiosos assim de outras partes de Israel.
Estavam todos tocados pelo sofri-mento francês que acabou se
tornando também israelense quando Yoav, Philippe, Yohan e François-Michel foram
mortos no mercado judaico na sexta-feira em Paris.
No cemitério em Jerusalém, a segurança foi extremamente
reforçada. Até a área reservada para as famílias e autoridades, onde os corpos
foram colocados, foi protegida com vidros à prova de balas. E a multidão foi a
pé aos milhares.
Muita gente que chorava, se lamentava e se abraçava sequer
conhecia as vítimas. Foi uma cerimônia emocionante, acompanhada por judeus que
foram de várias partes de Israel e do mundo, muitos deles da França, para
prestar solidariedade às famílias dos quatro mortos. Um dos grandes objetivos
das pessoas mostradas no vídeo é fazer uma demonstração de união entre os
judeus.
"Não pode ter mais tal acontecimento, tem que mudar
alguma coisa na segurança na França", afirma o estudante Jonatan Gruneau.
Representando a França, a ministra francesa Segolene Royal
se disse revoltada com o clima racista, antissemita. "Eles foram mortos
porque eram judeus”, disse a ministra. “E esse é o tipo mais revoltante".
“Esses assassinos não são inimigos só dos judeus, mas de
toda a humanidade”, disse o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
Entre tantos discursos foi emocionante a simplicidade de
Valérie. Como se conversasse com o marido Philippe, a viúva pediu que ele
olhasse pelos quatro filhos do casal.
Depois da cerimônia, como é tradição entre os judeus, as
famílias seguiram os corpos de perto, tocando nas ambulâncias como se ainda
fosse possível tocar nos parentes.
Quando a procissão chegou ao fim, os corpos de
Yoav, Philippe, Yohan e François-Michel foram enterrados na cidade onde eles
nunca viveram, onde suas famílias quiseram que eles descansassem em paz.fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/01/judeus-assassinados-em-mercado-em-paris-sao-enterrados-em-israel.html
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