Empresa pede desculpas no Twitter pelo anúncio
discriminatório e diz que foi 'hackeada'
Uma vaga para designer gráfico anunciada na França gerou
polêmica no país. Na descrição, a empresa pedia que os candidatos "se
possível, não fossem judeus".
O anúncio foi divulgado na segunda-feira pelo NSL Studio,
que fica em Paris, no site de empregos para o setor gráfico Graphic-Jobs.com.
A indicação sobre os candidatos "não serem judeus"
causou indignação no país; o grupo antirracismo SOS Racisme disse que
"está tomando as providências legais" contra a empresa alegando
discriminação racial.
"Esse e esse não podem trabalhar comigo porque são
judeus. É o judeu sendo descrito como 'indesejável'", explicou o advogado
da associação, Alexandre-M Braun.
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Explicações
O NSL Studio se desculpou e ofereceu várias explicações para
a frase considerada "ofensiva". Na segunda-feira, a empresa disse ao
site de notícias francês Les Inrocks que, levando em consideração as horas de
trabalho, principalmente durante os períodos de maior movimento, seria
preferível um candidato desprovido de necessidades culturais ou religiosas.
Depois, porém, o NSL Studio divulgou em sua conta oficial no
Twitter que a empresa havia sido hackeada e agradeceu àqueles que a alertaram
do problema.
Crédito: Reprodução
Na descrição da vaga, empresa pede que candidatos 'se
possível, não sejam judeus'
Em uma nota no seu site, a empresa diz que "se
distancia totalmente de qualquer atitude ou frase racista ou antissemita."
A nota ainda diz que a pessoa responsável por divulgar o
anúncio será questionada e que "tomará as medidas cabíveis caso confirme
que o anúncio realmente veio de dentro do NSL Studio."
O site que divulgou a vaga, Graphic-Jobs.com, também pediu
"sinceras desculpas" pelo anúncio e ressaltou que este "vai
completamente contra os valores da empresa".
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