"Muitos asseveram que o palácio do
Diabo é no Inferno, mas em Efésios 6.12 indica ser nos ares. Explique, por
favor!"
Metaforicamente, a armadura reveste o corpo, quando realmente deveria revestir o espírito, uma vez que "não temos de lutar contra a carne e o sangue", isto é, não vamos despender esforço físico, senão metafísico contra os principados, dando idéia de um batalhão, um agrupamento de autoridades; contra as potestades, ensejando personalidades dotadas de grande poder, e contra os príncipes, arrefecendo um pouco essa autoridade coercitiva, tornando essas personagens menos agressivas, porém, mais sugestivas, amorais e persuasivas e, por fim, contra as hostes espirituais da maldade, falanges destinadas a incutir a maldade no espírito do indivíduo.
Fique por dentro:
Essa luta demanda toda oração e súplica em todo o tempo, pois a batalha é contínua e incessante e estamos sempre sujeitos aos dardos inflamados. Traduz-se, normalmente, a palavra inferno como "Sheol" (seol), Hades e Geena.
A primeira poderia significar lugar de inquisição dando a idéia de alguém que esteja em determinado lugar aguardando um interrogatório. Pode ter também o significado de profundeza, lugar de mortos, sepultura, de onde é impossível sair, abismo.
O vocábulo correspondente no grego é "hades", ou "haidês", com a mesma impressão de inexpugnável, por cujas portas não se pode passar para fora.
Uma vez ali colocada, a alma não poderá livrar-se.
Jesus, porém, está de posse das chaves da morte e do Inferno (Ap 1.18), este último representado também pelo termo hebraico "Gêhinnon", que designa um vale de propriedade de Hinom ou de seus filhos, situado, segundo historiadores, mas sem muita afirmação, a dois quilômetros de Jerusalém, próximo ao ribeiro de Cedrom.
Nesse vale estava o "santuário" de Moloque, onde se ofereciam crianças em sacrifício, atirando-as a uma fogueira permanentemente acesa.
O rei Josias destruiu o "santuário" ( 1 Rs 11.7; 16.3; 23.10) e o local continuou a ser usado para a cremação de cadáveres de criminosos e de animais, como também de toda a espécie de lixo.
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O termo hebraico passou ao grego como Geena, simbolizando o Inferno, como lugar onde o fogo nunca se apaga: Is 66.24; Mc 9.43-48.
A tradição judaica dizia que o vale de Hinom era a porta do Inferno, querendo aludir que se a porta era tão terrível, o que não seria o seu interior.
Sua localização é muito discutida, como discutido é o local exato do Inferno, mas devemos estar certos de que se a Geena existiu, assim é claro que o Inferno existe também. Só que as suas portas não prevalecerão contra a Igreja de Deus.
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