Um ato de desespero contra a opressão política da China no Tibete levou um pastor de 30 anos a atear fogo ao próprio corpo. O protesto foi registrado pela ativista Tsering Woeser, em seu Twitter.
O jovem pastor Kunchok Tseten, residente do condado de Maqu, ficou gravemente ferido. A região em que o pastor vive possui ampla população tibetana, que pede a independência da China.
A ativista Woeser é escritora e vive atualmente em Pequim, sob vigilância do governo, que tenta abafar o ativismo separatista dos tibetanos.
Segundo Tsering Woeser, em 2013 foram registrados 27 casos de tibetanos que atearam fogo ao próprio corpo em protesto. Destes, 25 aconteceram dentro do próprio Tibete.
Os números de protestos como esse são muito maiores se forem analisados os dados desde 2009. A ativista revela que nesse período, a soma total de imolações chega a 128, sendo que 123 foram registrados dentro do território tibetano.
Segundo o portal Terra, diversas organizações pró-independência do Tibete creditam o desespero dos tibetanos à imensa opressão da China contra a cultura a tradição do povo que vive no território conhecido como o “teto do mundo”.