As igrejas que não possuem suas sedes dentro da Rússia passaram a ser pressionadas pelo governo, segundo informações da imprensa local. O governo russo quer controlar as igrejas protestantes que atuam no país e passará a agir com maior rigor com as denominações estrangeiras.
O objetivo é forçar que essas denominações declarem fidelidade absoluta à Rússia. “Os únicos centros de tomada de decisões e de autoridade espiritual em comunidades religiosas devem estar localizados dentro do país”, avisou o arcipreste Vsevolod Chaplin, da Igreja Ortodoxa Russa.
O aumento das tensões entre o país e o Ocidente tem feito com que a Rússia tome tais medidas, pois para eles as igrejas estrangeiras agem como serviços secretos dos seus países.
Outra acusação feita contra essas denominações é que elas trouxeram valores “alheios à sociedade russa”, como bem relata Catherine Elbakyan, da Academia de Trabalho e Assuntos Sociais. Ainda segundo ela o governo russo quer saber o quanto de dinheiro essas igrejas estão arrecadando e quanto recebem de seus países de origem.
Estão na mira do governo todas as denominações que não sejam a Igreja Ortodoxa Russa, e Rolf, analista de perseguição de World Watch Research, explica as razões lembrando da Guerra Fria e do que movia a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (U.R.S.S).
“É muito cedo para falar de uma nova guerra fria. Mas a Rússia voltou a sofrer da mesma paranoia que sofria durante o período da URSS. Segundo as teorias de conspiração do Kremlin, o velho inimigo do ocidente planeja destruir a Rússia.”
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